Com los Recuerdos al hombro

FIQUE RICO SEM SAIR DE CASA

13 de mai. de 2010

Toca-Discos

Há pouco tempo escrevi sobre a televisão, a maravilha que ela tinha nos proporcionado. O mundo novo que nos trouxe, o qual até então desconhecíamos totalmente.
Mas muito antes de ter televisão em casa, reinava um velho toca-discos. Creio que foi daí que peguei paixão por esses aparelhos. Até hoje, em pleno 2010, na era do MP3, MP4, MP5, celulares com tocadores, músicas "online", por incrível que possa parecer eu tenho um desses em casa. Claro, não igual àquele, que só tive dois, esse e anos mais tarde um outro. Mas eu tenho um apego especial por esses toca-discos e acho que o gosto vem dessa época. Não é dificil eu chegar em casa e colocar um Leonardo Favio, Manolo Otero ou um Los Iracundos a girar a ficar admirando a velha caixa e o som tão particular que só ela produz. Não há dinheiro que pague isso: a satisfação. Não há tecnologia que mude isso; é que nem gostar de carro antigo, está no sangue.
Voltando um pouco no passado, o toca-discos era um dos pucos aparelhos eletrônicos que possuíamos em casa. Era um aparelho feio, portátil de cor vermelha (mas também existem de outras cores, mas vermelho era mais comum). Era uma espécie de maleta. Para escutar tinha-se que abrí-lo e engatar os fios da tampa que continha um auto-falante e servia de caixa de som.
Aquilo sonava todo o dia. Eu me lembro que a agulha devia ser trocada de vez em quando porque ficava gasta e o aparelho não funcionava direito. Mas era bacana.
A mãe tinha uns discos que eu nem me lembro mais quais eram. Sei que eram muitos. Lembro-me que certa vez derrubei-os de cima do armário. Vários deles ficaram imprestáveis. Nesse dia teve bronca sem sombra de dúvida.
Havia os discos grandes de 4 ou 5 músicas de cada lado e os compactos, os duplos e simples, com duas e uma música de cada lado, respectivamente. Depois esse aparelho estragou e tivemos vários outros, mas igual a esse só por volta de 97, mas logo foi substituído por outros aparelhos mais modernos. Entretanto, a minha afeição por eles continua até hoje. Ah, que vontade de escutar Leonardo Favio. 

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