Com los Recuerdos al hombro

FIQUE RICO SEM SAIR DE CASA

10 de ago. de 2010

Historias Esquecidas

Bem amigos, primeiramente peço desculpas pelo lapso de tempo que fiquei sem escrever. Esse mes de julho aconteceram-me tantas coisas que nao estava com cabeça para escrever nada. Mas hoje estou me rdimindo, postarei varias coisas que me aconteceram ainda quando eu morava no Mutirão I, mas que passaram desapercebidas e pude escrevê-las antes. Algumas delas foi meu irmão Luis que me releembrou, pois sinceramente já havia olvidado. Bom aí está, deliciem-se.

Recordando
Infelizmente a mente humana às vezes nos trai. Esquecemos coisa importantes de nossa vida passada e delas não mais lembramos a menos que alguem nos reelembre. Quando escrevi o post “O Começo na Vila”, esqueci-me de acontecimentos que haviam ocorrido ainda no Mutirão I.Contar-lhes-ei agora neste post espcial de recuperação. São apenas algumas historinhas: O dia em que me pus fogo, o dia em que engoli uma moeda, os ciganos e a travessia da 27, alem da morte do vô Jaime. Contarei de maneira sucinta e resumida. Apenas uma breve relembrança.

O dia em que me pus fogo
Não me recordo muito bem do ano, mas era noventa e pouco. Naquela época não tínhamos fogão a lenha em casa, só gás. Então quando faltava gás era um caos. Se não tinha dinheiro então, o caos era dobrado. E se faltasse no dia que o botequeiro do fiado estava fechado, o caos era o triplo. E foi o que ocorreu, o maldito gás faltou justamente quando a coisa já não estava muito boa.
Para fazer comida havia poucas alternativas, rabo quente, fogo na rua ou o famoso fogãozinho feito de álcool. Como funcionava: pegava-se uma lata baixinha, geralmente de patê, enchia-se de álcool, quatro ou mais pregos pregados numa tábua qualquer e era só acender que estava pronto o fogão improvisado. Tínhamos um fogo suficiente para fazer comida, aquecer água, entre outras coisas.
Uma dessas vezes, quando foi feito um fogãozinho desse tipo, eu é que quase fui fritado. Aquilo tinha que encher de álcool de quando em quando, para o que estava cozinhando não ficar cru pelo fogo apagado.
Certa feita fiquei eu de encarregado de repor o álcool faltante. Pra quê. Guri, arteiro, com bobagem certeza faria, e fiz mesmo. Ao pegar o álcool para repor, não percebi que tinha derramado o liquido por boa parte de meu corpo; quando coloquei no recipiente, o fogo se alastrou por todo o meu corpo. Queimei meu braço direito, a perna direita e parte da região abdominal. Sorte não queimou meu rosto. Quando percebi que tinha posto fogo no corpo foi aquele griteiro. Eu só me lembro do meu pai com a vassoura na mão para apagar o fogo. Não sei o que foi pior, se o fogo, a vassoura ou a pasta de dente que minha mãe colocou depois. Naquele dia eu chorei a noite inteira.

A morte do Vô Jaime
Não que tenha esquecido dele, mas é que me lembro tão pouco do episodio que não tinha como escrever um post legal.
Sinceramente, apesar de ter falecido ainda no ano de 92, pouco me lembro do pai da mãe. Eu me lembro apenas que ele era magro e velho, nada mais.
O que eu me lembro mais da morte do vô, foi a camioneta Kombi branca que levou o caixão até o cemitério Municipal. Recordo também que era da prefeitura e o caixão também era da prefeitura, que até há alguns anos teve uma fabrica de caixão ali onde é hoje a UNIPAMPA, então as pessoas que não possuíam condições de pagar funerária, servia-se dos caixões fabricados pela prefeitura, alem da Kombi.
Infelizmente eu não recordo de mais nada sobre o tema. Apenas uma coisa foi certa nisso, que depois do falecimento do vô a vó não foi mais a mesma. Desde desse episodio, culminado depois pela morte de todos seus irmãos, essa “veia” tem altos e baixos, vivendo só em depressão. Coisas da vida, infelizmente.

O Dia em que engoli uma moeda
Quando eu era pequeno, eu ajudava minha mãe a cuidar de meus irmãos menores. Ajudei a cuidar do Renato, da Pérola e da Márcia. Uma vez cuidando dela, com aquelas manias de moleque, pus uma moeda na boca. Andava para lá e para cá com aquela moeda sempre debaixo da língua. Que mania ridícula.
Mas numa dessas, aquela moeda caiu para onde não devia: para a goela. Fora um tremendo susto. Larguei a guria no chão rapidamente, e comecei a me engasgar ali mesmo, num desespero sem fim, foi quando a mãe ouviu a guria chorar foi ver que estava acontecendo e me ali lutando pela vida. Só me lembro do soco nas costas e moeda sair para bem longe. Depois dessa aprendi uma lição: nunca mais por moedas na boca, alem do perigo de se engolir tendo em vista seu tamanho, também é nojento, sujo e pode transmitir doenças. Moedas na boca nunca mais.

Os ciganos e a travessia da 27
Quando morávamos ali na 27 de Janeiro, havia um campo muito grande onde havia ou há ainda uma casa muito velha. Essa casa por ora servia de loja de produtos agropecuários, ora casa de moradia, em fim, ela já foi um monte de coisa.
Mas eu me lembro que, na época em que eu morava lá havia sempre uns ciganos que acampavam nesse local. Eu achava muito engraçado o jeito deles, seu modo de viver, as coisas estranhas que faziam. Eles sempre iam na minha casa pegar água.
Eu de vez em quando ia visitá-los em suas barracas. Entretanto, para fazê-lo eu devia atravessar a Avenida 27, que naquela época já era muito movimentada, pois ali era o caminha para o Curral de Pedras, entre outras localidades muito procuradas antigamente.
Mas eu era tão idiota, acho que queria parecer o “maioral”, o bom, sei lá eu, que sempre que ia atravessar esperava um caminhão bem perto, só para mostrar para os ciganos que eu era mais rápido que os caminhões. Fiz isso varias vezes, até a mulher morava nessa casa velha a qual me referi alertou-me quão perigoso essa isso e que eu não deveria fazer mais, deveria esperar todos os veículos passarem primeiro, só depois então atravessar. Nesse dia aprendi mais uma lição: jamais provoque quem pode te destruir.

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